Fonte da Quinta das
Virtudes
Nesta quinta,
inicialmente adstrita ao Solar do Capitão Meireles funcionou o “Horto das
Virtudes” criado e dirigido por José Marques Loureiro, horticultor e
floricultor, nascido em Besteiros, no distrito de Viseu, em 1830. Faleceu no
Porto em 1898.
Exposição Hortícola na
Quinta das Virtudes, em Anúncio no “Jornal do Porto” de 23 de Junho de 1865
“O Parque Municipal das Virtudes foi
desenhado por José Marques Loureiro (1830-1898), um famoso horticultor, no
estreito vale do Rio Frio, que descia até à praia de Miragaia. Loureiro
transformou a Quinta das Virtudes num centro de produção de plantas. A
residência havia sido construída no século XVIII e os jardins desciam então em
socalcos até ao bairro de Miragaia. As estufas que instalou no jardim, onde aclimatou
plantas exóticas, sobretudo grandes flores, chamaram na época a admiração de
todos, e as suas exposições consagraram a reputação do parque.
Após ter sido comprado pela Câmara Municipal
do Porto, este Parque das Virtudes, situado no que resta da ex-Companhia
Horticola Portuense, sofreu obras de recuperação em 1998”.
Cortesia de Radio
portuense
Uma estátua em
bronze denominada “A Flora”, em homenagem a José Marques Loureiro (1830-1898),
da autoria de Teixeira Lopes (filho) foi inaugurada em 20 de Agosto de 1904, no
Jardim João Chagas, na Cordoaria.
"A Flora", na Cordoaria - Escultor Teixeira Lopes (filho)
Quinta das Virtudes
e a Ginkgo biloba, à direita - Ed.
Isabel Silva
Fonte do Bicho ou do Borges
Fonte do Bicho ou do
Borges, actualmente
A Fonte do Bicho ou do Borges encontra-se na embocadura da Rua de S. Pedro de Miragaia.
“No ano de 1821
foi cedida uma pena d'água ao capitão Borges, da Marinha Mercante, com a
cláusula expressa na escritura de, à sua custa, mandar construir na frente da
sua casa um chafariz para serventia do público.”
In O Tripeiro
Foi restaurada em 1940 e tinha ficado escondida em plano inferior após as obras de construção da Alfândega Nova.
Placa identificativa da Fonte da Colher
Chafariz da Colher com uma bica, actualmente - Ed. Isabel
Silva
Chafariz da Colher
“A
Fonte da Colher ainda funciona, embora
não esteja no sítio primitivo. Está agora encaixada, se assim se pode dizer, na
fachada de um prédio da Rua de Miragaia, perto das Escadas do Monte dos Judeus.
O sítio onde se localiza a fonte, uma espécie de logradouro, ao fundo das
Escadas do Monte dos Judeus e das embocaduras da Rua dos Armazéns e da Viela da
Companhia, chamou-se, em tempos idos, Escampado, Escampadouro, Largo dos Navios
e Largo da Fonte da Colher. A mais antiga referência que se conhece à Fonte da
Colher está num documento do cartório do Cabido que se guarda no Arquivo
Distrital do Porto e refere-se ao ano de 1491 e diz respeito a um
"contrato condicional de censo de 300 reis para aniversários, imposto nas
casas que estão em Miragaia sobre a Fonte da Colher… O nome de Colher anda
ligado a um antigo tributo (por cada alqueire que tinha 40 colheres pagavam
uma) que os feirantes pagavam quando vinham vender os produtos da sua lavra à
cidade. Pagava-se esse imposto de "todo o pão, farinha, nozes, castanhas e
legumes que de fora chegassem ao Porto para aí serem vendidos". É verdade,
também, que a sua água foi em tempos considerada "como a melhor em
qualidade que teve a cidade". Pode-se avaliar da antiguidade desta fonte
pela leitura da legenda, hoje quase imperceptível, que foi gravada na lápide da
frontaria "Louvado seja o Santíssimo Sacramento e a Puríssima Conceição da
Virgem Nossa Senhora, concebida sem pecado original. 1629. A água d'esta fonte
é da Cydade…"
Com a devida vénia a
Germano Silva
Rio Frio desagua no
Rio Douro por baixo da Alfândega Nova
Fonte de Hulsenbos
Fonte Hulsenbos - Ed. Isabel Silva
Datada de 1907, esta fonte está
situada bem a meio do Largo Artur Arcos, na freguesia de Miragaia, entre a Rua
da Arménia e a Rua Nova da Alfândega, também conhecida por fonte de
Hulsenbos, por ter sido mandada construir por Miss Hulsenbos, filha do
cônsul da Holanda, no Porto, fundadora nesta cidade, da Sociedade Protectora
dos Animais.
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