quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

(Continuação 6)





Fonte da Quinta das Virtudes



Nesta quinta, inicialmente adstrita ao Solar do Capitão Meireles funcionou o “Horto das Virtudes” criado e dirigido por José Marques Loureiro, horticultor e floricultor, nascido em Besteiros, no distrito de Viseu, em 1830. Faleceu no Porto em 1898.




Exposição Hortícola na Quinta das Virtudes, em Anúncio no “Jornal do Porto” de 23 de Junho de 1865




“O Parque Municipal das Virtudes foi desenhado por José Marques Loureiro (1830-1898), um famoso horticultor, no estreito vale do Rio Frio, que descia até à praia de Miragaia. Loureiro transformou a Quinta das Virtudes num centro de produção de plantas. A residência havia sido construída no século XVIII e os jardins desciam então em socalcos até ao bairro de Miragaia. As estufas que instalou no jardim, onde aclimatou plantas exóticas, sobretudo grandes flores, chamaram na época a admiração de todos, e as suas exposições consagraram a reputação do parque.
Após ter sido comprado pela Câmara Municipal do Porto, este Parque das Virtudes, situado no que resta da ex-Companhia Horticola Portuense, sofreu obras de recuperação em 1998”.
Cortesia de Radio portuense
 
 
 
Uma estátua em bronze denominada “A Flora”, em homenagem a José Marques Loureiro (1830-1898), da autoria de Teixeira Lopes (filho) foi inaugurada em 20 de Agosto de 1904, no Jardim João Chagas, na Cordoaria.



"A Flora", na Cordoaria - Escultor Teixeira Lopes (filho)


Quinta das Virtudes e a Ginkgo biloba, à direita - Ed. Isabel Silva





Fonte do Bicho ou do Borges



Fonte do Borges ou Fonte da Rua da Arménia – Ed. J. Bahia Junior (1909)






Fonte do Bicho ou do Borges, actualmente



A Fonte do Bicho ou do Borges encontra-se na embocadura da Rua de S. Pedro de Miragaia.

“No ano de 1821 foi cedida uma pena d'água ao capitão Borges, da Marinha Mercante, com a cláusula expressa na escritura de, à sua custa, mandar construir na frente da sua casa um chafariz para serventia do público.” 
In O Tripeiro




Foi restaurada em 1940 e tinha ficado escondida em plano inferior após as obras de construção da Alfândega Nova.


Placa identificativa da Fonte da Colher


Chafariz da Colher com uma bica, actualmente - Ed. Isabel Silva


Chafariz da Colher


A Fonte da Colher ainda funciona, embora não esteja no sítio primitivo. Está agora encaixada, se assim se pode dizer, na fachada de um prédio da Rua de Miragaia, perto das Escadas do Monte dos Judeus. O sítio onde se localiza a fonte, uma espécie de logradouro, ao fundo das Escadas do Monte dos Judeus e das embocaduras da Rua dos Armazéns e da Viela da Companhia, chamou-se, em tempos idos, Escampado, Escampadouro, Largo dos Navios e Largo da Fonte da Colher. A mais antiga referência que se conhece à Fonte da Colher está num documento do cartório do Cabido que se guarda no Arquivo Distrital do Porto e refere-se ao ano de 1491 e diz respeito a um "contrato condicional de censo de 300 reis para aniversários, imposto nas casas que estão em Miragaia sobre a Fonte da Colher… O nome de Colher anda ligado a um antigo tributo (por cada alqueire que tinha 40 colheres pagavam uma) que os feirantes pagavam quando vinham vender os produtos da sua lavra à cidade. Pagava-se esse imposto de "todo o pão, farinha, nozes, castanhas e legumes que de fora chegassem ao Porto para aí serem vendidos". É verdade, também, que a sua água foi em tempos considerada "como a melhor em qualidade que teve a cidade". Pode-se avaliar da antiguidade desta fonte pela leitura da legenda, hoje quase imperceptível, que foi gravada na lápide da frontaria "Louvado seja o Santíssimo Sacramento e a Puríssima Conceição da Virgem Nossa Senhora, concebida sem pecado original. 1629. A água d'esta fonte é da Cydade…" 
Com a devida vénia a Germano Silva

Rio Frio desagua no Rio Douro por baixo da Alfândega Nova


Fonte de Hulsenbos

Fonte Hulsenbos - Ed. Isabel Silva


Datada de 1907, esta fonte está situada bem a meio do Largo Artur Arcos, na freguesia de Miragaia, entre a Rua da Arménia e a Rua Nova da Alfândega, também conhecida por fonte de Hulsenbos, por ter sido mandada construir por Miss Hulsenbos, filha do cônsul da Holanda, no Porto, fundadora nesta cidade, da Sociedade Protectora dos Animais. 

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