Fonte do Almazém
Esta fonte esteve
colocada num antiquíssimo muro, talvez dos séculos XIV/XV e “fazia paredes
meias” com a casa que dizem ter sido a de Pêro Vaz de Caminha, bem perto da
antiga Casa da Moeda. Muito primitiva e modesta, a bica é talhada em peça de
granito, tornando-se saliente do muro.
Sobre esta fonte ainda
não há trabalho suficientemente fundamentado para que, com exactidão, se possa
formular qualquer opinião credível.
Fonte de Santa Catarina
A fonte fica
na confluência da Rua Luís Cruz e da Travessa Luís Cruz e possui um tanque
rectangular, tendo a meio uns enferrujados ferros sobre os quais se pousariam
os cântaros que recolheriam a água, quando ela existia. Esta jorrava de uma bica
única, colocada no meio de uma roseta esculpida num interessante espaldar de
pedra que parece a fachada de uma minúscula capela, ladeada por duas colunas e
encimada por um frontão triangular, onde existe uma cartela que
parece destinada a uma inscrição ou a suportar uma placa de bronze, mas que
está completamente lisa e imaculada.
Fonte do Campo na esquina da Rua de Azevedo e a N12
Esta fonte ainda existe e, em tempos idos esteve localizada
junto ao Posto Fiscal de Campanhã, que antecedia no trajecto até ao rio Douro,
o Posto Fiscal do Freixo. Para montante, apresentava-se o Posto Fiscal de
Tirares.
Segundo Bahía Júnior:
“A Fonte do Campo, tem
a sua nascente dentro da Circumvallação, em uns campos fronteiros a uns 80
metros da fonte.
E' composta de uma
bica e tanque tendo superiormente as iniciaes C. M. e a data 1871. Fica
collocada entre dois portões de ferro, um tendo o numero 757 e o outro fechando
uma capellinha com altar e a imagem do Senhor dos Afflictos, …”
Fonte de Aldoar
Esta fonte
encontra-se ainda em funcionamento na esquina da Rua da Vilarinha e Rua Martim
Moniz em Aldoar, junto às instalações da entidade que administra as freguesias
de Aldoar, Nevogilde e Foz do Douro e assemelha-se ao Chafariz da Rua do Souto.
Esta fonte sempre
esteve instalada nos jardins dos SMAS em Nova Sintra.
Fonte dos
Passarinhos nos jardins dos SMAS
Ficava esta fonte a
ladear a estrada da Circunvalação e a propósito dela, escrevia J. Bahia Junior:
“Seguindo de novo pela Estrada da
Circumvalação, pouco antes de chegarmos ao Posto Fiscal de Tirares, vemos á
nossa direita uma rampa, á maneira da que já descemos para a Fonte dos
Cantoneiros, pela qual, seguindo e atravessando a estrada exterior á da
Circumvallação, entramos em um caminho que leva á Ponte da Lagarteira, logo
abaixo d'esta estrada. A meio caminho da Ponte temos, á nossa direita, a Fonte
do Ribeirinho.”
À direita na foto a
antiga ponte de pedra do Lagarteiro
Na foto anterior antes
de alcançarmos a ponte à direita, ficaria a Fonte do Ribeirinho.
Lugar do Ribeirinho em planta de Telles Ferreira de 1892
Legenda
1. Lugar de Pêgo Negro
2. Lugar de Tirares
3. Lugar do Ribeirinho
4. Rio Tinto
5. Estrada da Circunvalação
“Manuel Pereira de
Novais menciona a existência de algumas fontes na zona da Lapa, não sendo
específico em relação a nenhuma delas. Mas mais tarde, em 1758, o padre Simão
Duarte de Oliveira refere a presença de um chafariz na Rua de Santo Ovídio, o
qual já era tido em conta em 1597, aquando o pedreiro Brás Martins arrematou a
2 de Janeiro, os consertos deste chafariz e o da Vila Parda, e na segunda
metade do século XVIII foi alvo de algumas remodelações, mas não chegou aos
nossos dias. No entanto, Horácio Marçal revela que havia uma fonte da Lapa, que
se encontrava num sítio fundeiro, junto ao portão do antigo quartel militar, e
que se tinha acesso por uma rampa. Esta fonte terá sido demolida em 14 de Abril
de 1818, quando foram iniciadas as obras de um jardim, tendo sido substituída
por outra fonte na Rua de Salgueiros, sendo as águas da fonte da Lapa,
desviadas para esta.”
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco
Teixeira
Este chafariz de Santo Ovídio seria, portanto, o antecessor
de um outro existente nas traseiras do quartel da Praça da República, e que
depois se mudou para o começo da Rua de Salgueiros, onde ainda se encontra.
Fonte dos Canos (Desaparecida)
“Em 1669, o padre
Baltasar Guedes menciona a existência de uma fonte dos Canos, que devia o seu
nome aos “formosos canos” por
onde saia a água. Esta também é referenciada por Manuel Pereira de Novais
localizada no Terreiro de São Bento. Mas em 1759, José de Sá Carvalho, um
particular, mandou construir à sua custa, uma fonte denominada dos Canos,
segundo uma planta do arquitecto Manuel Álvares Martins.
Visto que nenhuma
destas fontes chegou até nós, pode-se presumir que a fonte construída por José
de Sá Carvalho tenha sido para aproveitamento das águas da antiga fonte dos
Canos.”
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco
Teixeira
Esta fonte localizar-se-ia muito próximo do começo da actual
Rua das Flores, junto à Praça almeida Garrett. Aliás, ao primeiro troço da Rua
das Flores, nesse local, antigamente chamava-se Rua dos Canos.
“Pouco se sabe acerca da fonte da Biquinha. Segundo Baltasar
Guedes, localizava-se na extinta Rua da Biquinha, e era já antiga. Ainda nos
diz que se encontrava debaixo de um arco de pedra, no local da sua nascente. Já
Henrique Duarte e Sousa Reis diz que a água era péssima e as suas vertentes
dirigiam-se para o rio da Vila, por estar muito próximo dele”.
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco
Teixeira
A Rua da Biquinha tinha o seu começo, ao cimo do que é hoje
a Rua de S. João e desenvolvia-se na direcção ascendente, um pouco paralela à
rua das Flores.
“A Fonte da Ponte Nova
pertence ao grupo de fontes que não chegaram até nós. Ficava debaixo do arco
que atravessava o rio da Vila, criando uma comunicação entre a Rua das Flores e
a Rua da Bainharia.
Segundo Baltasar
Guedes, era uma obra de cantaria muito antiga, com uma arca com quinze palmos
de comprimento, que tinha no meio outro repartimento com quatro palmos de
altura. A arca tinha um arco e era ricamente decorada com relevos de rosas e
serafins. Situava-se no subsolo, e o acesso era feito por cem degraus de pedra.
As suas vertentes seguiam por um cano subterrâneo para uma pia junto à porta do
abade da freguesia de São Nicolau.”
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco
Teixeira
“A Fonte da Rata
pertence ao grupo de fontes que não chegaram aos nossos dias, e que pouco ou
nada se sabe. É referida nas Memórias
Paroquiais de 1758 sem nenhuma informação que possamos usar, e também é
mencionada por Manuel Pereira de Novais, que nos dá a sua localização, dizendo
que “ […] dentro de la ciudad, al
baxar de la Ferraria nueba, la fuente da Rata […].” Apesar de ser citada
nas Memórias Paroquiais como posicionada na freguesia de São Nicolau, esta
fonte localizava-se na freguesia de Miragaia.”
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco
Teixeira
Fonte de São João Novo (Desaparecida)
“Esta Fonte parece ser
datada do século XVII, embora não sendo possível sabê-lo com precisão, esta
aparece mencionada por Manuel Pereira de Novais, que nos diz “En la Calle de San Iuan nuebo ay outro
estanque, que viene condusida e lagoa de la fuente de las Virtudes, com la que
và para este Conuento de Augustinos.”
Esta também surge
mencionada pelo abade Francisco António nas Memórias Paroquiais, de 1758, bem como a origem da água que a
abastece, dizendo que a “fonte que
está encostada ao muro da cerca do Convento de São João Novo […] tem a sua
origem no sitio aonde está situada a Senhora das Virtudes, que hé freguezia de
São Pedro de Miragaia, extra muros desta cidade.”
Esta fonte estava embutida entre três muros que
constituíam o espaldar e davam a forma rectangular ao tanque. A água brotava de
duas bicas, colocadas em cada uma das paredes laterais.”
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco
Teixeira
Desta fonte resta apenas um pilar onde eram colocadas as
vasilhas, para serem cheias de água, junto do muro de suporte do morro onde
está a igreja do Bonfim, na actual Rua do Bonfim no passeio oposto à
confluência daquela rua com a Rua do Godim.
Naquela época a rua era Rua da Prata.
Pilar da Fonte da Rua da Prata adossado a muro de suporte –
Ed. MAC
Em 1408, foi ordenado pela Câmara que a Porta de Carros
estivesse sempre aberta, não apenas para que por ela pudesse passar quem
andasse a tratar das hortas que ficavam do lado de fora da muralha, na actual
Praça da Liberdade, mas também para facilitar a passagem dos carros que
andavam a conduzir pedra para a reconstrução das casas da Rua Chã, que tinham
ardido.
Em muitos outros documentos dos séculos XIV, XV e XVI,
falam de uma fonte que, no século XVI, passou a ser conhecido por Fonte da
Porta de Carros e aparece localizado junto dessa porta, encostado à parte
externa da muralha.
Outra referência à fonte que antes parece que era conhecida
por chafariz da Cividade surge num documento de 1485, onde está escrito isto:
"casas com seu
enxido [quintal] sitas junto do chafariz da Cividade no caminho ao redor do
muro...".
O muro era a muralha e sabemos, porque o revelou Artur de
Magalhães Basto, que o chafariz da Cividade, depois da Porta de Carros, ficava
entre a actual Praça de Almeida Garrett e o Largo dos Lóios, antiga Praça de
Santo Elói, encostado à parte externa da muralha, logo voltado para as tais
hortas do bispo onde hoje está a Praça da Liberdade.
A Fonte da Porta de Carros aparece também referenciada por
Baltasar Guedes, na Memoria das Fontes que tem a Cidade do Porto, de
1669, como Fonte da Teresa.
Ficava esta fonte na freguesia de S. Nicolau na Rua de S.
Francisco, que já foi Rua do Reguinho.
“Não se sabe quando terá sido construída a Fonte do Touro, visto que já existia em 1629, aquando o mestre pedreiro Sebastião Fernandes arrematou, em 23 de Junho do dito ano, e por 40$000 réis, a construção de um cano que não pudesse ser atingido pelas marés nem as cheias.
Apesar de ter sido
alvo de várias intervenções na segunda metade do século XVIII, esta fonte não
chegou até nós. Muito provavelmente terá sido demolida em inícios do séc. XIX,
visto não ser mencionada no “Mappa das Fontes publicas não fornecidas
pelo Aqueducto de Paranhos e do Campo Grande (com algumas observações
Historicas, em 1835), nem
por Henrique Duarte e Sousa Reis, em
1866, nem por Tito Bourbone de
Noronha, em 1885”.
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco
Teixeira
Sobre a Fonte do Touro há uma outra versão sobre a sua localização.
Sobre a Fonte do Touro há uma outra versão sobre a sua localização.
“Esta Fonte do Touro,
muito antiga, ficava à entrada da atual Rua Arménia, para quem nela entra do
lado da igreja, nas traseiras de um prédio, entretanto demolido, que, em 1872,
servira de sede à Intendência da Marinha”.
Fonte: Germano Silva
Fonte do Monte
Cativo (Desaparecida)
Localizava-se esta fonte, na confluência, hoje, da Rua do
Monte Cativo e da Rua de Salgueiros.
Fonte do Monte Cativo – Fonte: J. Bahia Júnior, 1909, Pág.
71
A Fonte do Cativo tinha uma única bica que vertia para uma
pequena pia, seguindo a água, depois, para uns lavadouros situados em plano
inferior e a poucos metros.
As freiras da Congregação das Franciscanas de Calais, quando
instaladas na Quinta de Santo António das Águas Férreas, entre 1880 e 1910,
chegaram a ser abastecidas com água desta fonte.
A elipse na planta de Telles Ferreira de 1892, mostra a
localização da Fonte do Monte Cativo e ainda, do Clube de Caçadores do Porto
(1) e do que virá a ser a confluência (2) da Rua de Salgueiros com a Rua do
Monte Cativo
Fonte e Lavadouros da
Presa Velha
Fonte da Presa Velha e lavadouros
Lavadouros da Fonte da Presa Velha (que ainda subsistem) e
escadas de acesso, face à Rua da Formiga – Fonte: Google maps
Fonte e Lavadouros da
Noêda
Fonte da Noêda e lavadouros
Lavadouros da Fonte da Noêda (que ainda subsistem) junto do Largo
da Noêda – Fonte: Google maps
Bacia Hidrográfica
Sem comentários:
Enviar um comentário