segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

(Conclusão) - Actualização em 28/09/2018 e 02/10/2019




Fonte do Almazém


Esta fonte esteve colocada num antiquíssimo muro, talvez dos séculos XIV/XV e “fazia paredes meias” com a casa que dizem ter sido a de Pêro Vaz de Caminha, bem perto da antiga Casa da Moeda. Muito primitiva e modesta, a bica é talhada em peça de granito, tornando-se saliente do muro.
Sobre esta fonte ainda não há trabalho suficientemente fundamentado para que, com exactidão, se possa formular qualquer opinião credível.





Fonte de Santa Catarina



A fonte fica na confluência da Rua Luís Cruz e da Travessa Luís Cruz e possui um tanque rectangular, tendo a meio uns enferrujados ferros sobre os quais se pousariam os cântaros que recolheriam a água, quando ela existia. Esta jorrava de uma bica única, colocada no meio de uma roseta esculpida num interessante espaldar de pedra que parece a fachada de uma minúscula capela, ladeada por duas colunas e encimada por um frontão triangular, onde existe uma cartela que parece destinada a uma inscrição ou a suportar uma placa de bronze, mas que está completamente lisa e imaculada.





Fonte do Campo na esquina da Rua de Azevedo e a N12



Esta fonte ainda existe e, em tempos idos esteve localizada junto ao Posto Fiscal de Campanhã, que antecedia no trajecto até ao rio Douro, o Posto Fiscal do Freixo. Para montante, apresentava-se o Posto Fiscal de Tirares.
Segundo Bahía Júnior:

“A Fonte do Campo, tem a sua nascente dentro da Circumvallação, em uns campos fronteiros a uns 80 metros da fonte.
E' composta de uma bica e tanque tendo superiormente as iniciaes C. M. e a data 1871. Fica collocada entre dois portões de ferro, um tendo o numero 757 e o outro fechando uma capellinha com altar e a imagem do Senhor dos Afflictos, …”





Fonte de Aldoar



Esta fonte encontra-se ainda em funcionamento na esquina da Rua da Vilarinha e Rua Martim Moniz em Aldoar, junto às instalações da entidade que administra as freguesias de Aldoar, Nevogilde e Foz do Douro e assemelha-se ao Chafariz da Rua do Souto.





Esta fonte sempre esteve instalada nos jardins dos SMAS em Nova Sintra.


Fonte dos Passarinhos nos jardins dos SMAS




Ficava esta fonte a ladear a estrada da Circunvalação e a propósito dela, escrevia J. Bahia Junior:
“Seguindo de novo pela Estrada da Circumvalação, pouco antes de chegarmos ao Posto Fiscal de Tirares, vemos á nossa direita uma rampa, á maneira da que já descemos para a Fonte dos Cantoneiros, pela qual, seguindo e atravessando a estrada exterior á da Circumvallação, entramos em um caminho que leva á Ponte da Lagarteira, logo abaixo d'esta estrada. A meio caminho da Ponte temos, á nossa direita, a Fonte do Ribeirinho.”

À direita na foto a antiga ponte de pedra do Lagarteiro



Na foto anterior antes de alcançarmos a ponte à direita, ficaria a Fonte do Ribeirinho.




Lugar do Ribeirinho em planta de Telles Ferreira de 1892


Legenda

1. Lugar de Pêgo Negro
2. Lugar de Tirares
3. Lugar do Ribeirinho
4. Rio Tinto
5. Estrada da Circunvalação





“Manuel Pereira de Novais menciona a existência de algumas fontes na zona da Lapa, não sendo específico em relação a nenhuma delas. Mas mais tarde, em 1758, o padre Simão Duarte de Oliveira refere a presença de um chafariz na Rua de Santo Ovídio, o qual já era tido em conta em 1597, aquando o pedreiro Brás Martins arrematou a 2 de Janeiro, os consertos deste chafariz e o da Vila Parda, e na segunda metade do século XVIII foi alvo de algumas remodelações, mas não chegou aos nossos dias. No entanto, Horácio Marçal revela que havia uma fonte da Lapa, que se encontrava num sítio fundeiro, junto ao portão do antigo quartel militar, e que se tinha acesso por uma rampa. Esta fonte terá sido demolida em 14 de Abril de 1818, quando foram iniciadas as obras de um jardim, tendo sido substituída por outra fonte na Rua de Salgueiros, sendo as águas da fonte da Lapa, desviadas para esta.”
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco Teixeira


Este chafariz de Santo Ovídio seria, portanto, o antecessor de um outro existente nas traseiras do quartel da Praça da República, e que depois se mudou para o começo da Rua de Salgueiros, onde ainda se encontra.



Fonte dos Canos (Desaparecida)


“Em 1669, o padre Baltasar Guedes menciona a existência de uma fonte dos Canos, que devia o seu nome aos “formosos canos” por onde saia a água. Esta também é referenciada por Manuel Pereira de Novais localizada no Terreiro de São Bento. Mas em 1759, José de Sá Carvalho, um particular, mandou construir à sua custa, uma fonte denominada dos Canos, segundo uma planta do arquitecto Manuel Álvares Martins.
Visto que nenhuma destas fontes chegou até nós, pode-se presumir que a fonte construída por José de Sá Carvalho tenha sido para aproveitamento das águas da antiga fonte dos Canos.”
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco Teixeira


Esta fonte localizar-se-ia muito próximo do começo da actual Rua das Flores, junto à Praça almeida Garrett. Aliás, ao primeiro troço da Rua das Flores, nesse local, antigamente chamava-se Rua dos Canos.



“Pouco se sabe acerca da fonte da Biquinha. Segundo Baltasar Guedes, localizava-se na extinta Rua da Biquinha, e era já antiga. Ainda nos diz que se encontrava debaixo de um arco de pedra, no local da sua nascente. Já Henrique Duarte e Sousa Reis diz que a água era péssima e as suas vertentes dirigiam-se para o rio da Vila, por estar muito próximo dele”.
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco Teixeira

A Rua da Biquinha tinha o seu começo, ao cimo do que é hoje a Rua de S. João e desenvolvia-se na direcção ascendente, um pouco paralela à rua das Flores.




“A Fonte da Ponte Nova pertence ao grupo de fontes que não chegaram até nós. Ficava debaixo do arco que atravessava o rio da Vila, criando uma comunicação entre a Rua das Flores e a Rua da Bainharia.
Segundo Baltasar Guedes, era uma obra de cantaria muito antiga, com uma arca com quinze palmos de comprimento, que tinha no meio outro repartimento com quatro palmos de altura. A arca tinha um arco e era ricamente decorada com relevos de rosas e serafins. Situava-se no subsolo, e o acesso era feito por cem degraus de pedra. As suas vertentes seguiam por um cano subterrâneo para uma pia junto à porta do abade da freguesia de São Nicolau.”
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco Teixeira




“A Fonte da Rata pertence ao grupo de fontes que não chegaram aos nossos dias, e que pouco ou nada se sabe. É referida nas Memórias Paroquiais de 1758 sem nenhuma informação que possamos usar, e também é mencionada por Manuel Pereira de Novais, que nos dá a sua localização, dizendo que “ […] dentro de la ciudad, al baxar de la Ferraria nueba, la fuente da Rata […].” Apesar de ser citada nas Memórias Paroquiais como posicionada na freguesia de São Nicolau, esta fonte localizava-se na freguesia de Miragaia.”
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco Teixeira



Fonte de São João Novo (Desaparecida)



“Esta Fonte parece ser datada do século XVII, embora não sendo possível sabê-lo com precisão, esta aparece mencionada por Manuel Pereira de Novais, que nos diz “En la Calle de San Iuan nuebo ay outro estanque, que viene condusida e lagoa de la fuente de las Virtudes, com la que và para este Conuento de Augustinos.”
Esta também surge mencionada pelo abade Francisco António nas Memórias Paroquiais, de 1758, bem como a origem da água que a abastece, dizendo que a “fonte que está encostada ao muro da cerca do Convento de São João Novo […] tem a sua origem no sitio aonde está situada a Senhora das Virtudes, que hé freguezia de São Pedro de Miragaia, extra muros desta cidade.”
Esta fonte estava embutida entre três muros que constituíam o espaldar e davam a forma rectangular ao tanque. A água brotava de duas bicas, colocadas em cada uma das paredes laterais.”
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco Teixeira




Desta fonte resta apenas um pilar onde eram colocadas as vasilhas, para serem cheias de água, junto do muro de suporte do morro onde está a igreja do Bonfim, na actual Rua do Bonfim no passeio oposto à confluência daquela rua com a Rua do Godim.
Naquela época a rua era Rua da Prata.



Pilar da Fonte da Rua da Prata adossado a muro de suporte – Ed. MAC






Em 1408, foi ordenado pela Câmara que a Porta de Carros estivesse sempre aberta, não apenas para que por ela pudesse pas­sar quem andasse a tratar das hortas que fi­cavam do lado de fora da muralha, na actual Praça da Liberdade, mas também para faci­litar a passagem dos carros que andavam a conduzir pedra para a reconstrução das ca­sas da Rua Chã, que tinham ardido. 
Em muitos outros documentos dos sé­culos XIV, XV e XVI, falam de uma fonte que, no século XVI, passou a ser conhecido por Fonte da Porta de Carros e aparece localizado junto dessa porta, encostado à parte externa da muralha. 
Outra referência à fonte que antes parece que era conhecida por chafariz da Cividade surge num documento de 1485, onde está escrito isto:
"casas com seu enxido [quintal] sitas junto do chafariz da Civida­de no caminho ao redor do muro...". 
O muro era a muralha e sabemos, por­que o revelou Artur de Magalhães Basto, que o chafariz da Cividade, depois da Porta de Carros, ficava entre a actual Praça de Al­meida Garrett e o Largo dos Lóios, antiga Praça de Santo Elói, encostado à parte ex­terna da muralha, logo voltado para as tais hortas do bispo onde hoje está a Praça da Liberdade. 
A Fonte da Porta de Carros aparece também referenciada por Baltasar Guedes, na Memoria das Fontes que tem a Cidade do Porto, de 1669, como Fonte da Teresa.



Ficava esta fonte na freguesia de S. Nicolau na Rua de S. Francisco, que já foi Rua do Reguinho.

“Não se sabe quando terá sido construída a Fonte do Touro, visto que já existia em 1629, aquando o mestre pedreiro Sebastião Fernandes arrematou, em 23 de Junho do dito ano, e por 40$000 réis, a construção de um cano que não pudesse ser atingido pelas marés nem as cheias.
Apesar de ter sido alvo de várias intervenções na segunda metade do século XVIII, esta fonte não chegou até nós. Muito provavelmente terá sido demolida em inícios do séc. XIX, visto não ser mencionada no “Mappa das Fontes publicas não fornecidas pelo Aqueducto de Paranhos e do Campo Grande (com algumas observações Historicas, em 1835), nem por Henrique Duarte e Sousa Reis, em 1866, nem por Tito Bourbone de Noronha, em 1885”.
In Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco Teixeira

Sobre a Fonte do Touro há uma outra versão sobre a sua localização.

“Esta Fonte do Touro, muito antiga, ficava à entrada da atual Rua Arménia, para quem nela entra do lado da igreja, nas traseiras de um prédio, entretanto demolido, que, em 1872, servira de sede à Intendência da Marinha”.
Fonte: Germano Silva



Fonte do Monte Cativo (Desaparecida)


Localizava-se esta fonte, na confluência, hoje, da Rua do Monte Cativo e da Rua de Salgueiros.


Fonte do Monte Cativo – Fonte: J. Bahia Júnior, 1909, Pág. 71



A Fonte do Cativo tinha uma única bica que vertia para uma pequena pia, seguindo a água, depois, para uns lavadouros situados em plano inferior e a poucos metros.
As freiras da Congregação das Franciscanas de Calais, quando instaladas na Quinta de Santo António das Águas Férreas, entre 1880 e 1910, chegaram a ser abastecidas com água desta fonte.



A elipse na planta de Telles Ferreira de 1892, mostra a localização da Fonte do Monte Cativo e ainda, do Clube de Caçadores do Porto (1) e do que virá a ser a confluência (2) da Rua de Salgueiros com a Rua do Monte Cativo




Fonte e Lavadouros da Presa Velha


Fonte da Presa Velha e lavadouros



Lavadouros da Fonte da Presa Velha (que ainda subsistem) e escadas de acesso, face à Rua da Formiga – Fonte: Google maps



Fonte e Lavadouros da Noêda



Fonte da Noêda e lavadouros



Lavadouros da Fonte da Noêda (que ainda subsistem) junto do Largo da Noêda – Fonte: Google maps






Bacia Hidrográfica

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