“É de arquitectura bastante simples, mas
graciosa, sendo de realçar o tecto ou o telhado em granito, com forma piramidal
quadrangular e em degraus, rematados por uma esfera. Interiormente encontra-se
revestida a azulejos com motivos vegetalistas, em que o azul e branco combinam.
A água saía através de uma carranca grosseira, em granito, para cair dentro de
uma pia em forma de concha semicircular, de granito. A água era-lhe fornecida
pelo Manancial do Bispo ou Manancial da Mitra -mina ou manancial que pertenceu aos prelados
Diocesanos do Porto.
A água que chegava a esta arca era
proveniente de uma nascente na Rua de Costa Cabral, junto ao antigo edifício da
Fábrica dos Tabacos, na Quinta do Lima, a qual ia entubada, atravessando na
direcção do cruzamento das Ruas da Constituição e da Alegria, seguia depois
pelos terrenos da Quinta do Espinheira (onde se juntava com as águas do
Manancial das Religiosas do Convento de Sta. Clara).
Esta arca encontrava-se instalada na actual
Travessa de Santo Isidro e actualmente, está instalada nos jardins dos SMAS”.
Fonte:
pt.wikipedia.org
Arca de Santo Isidro
actualmente
Segundo Bahía Júnior sobre o chafariz de S. Crispim escrevia:
“O Chafariz de S.
Chrispim modernamente levantado, está situado quasi em frente da Capella de S.
Chrispim, no alto da rua de S. Jeronymo, tem duas bicas em direcção opposta e a
agua chega até ellas subindo pelo meio do chafariz e lançando-se no fundo de
uma pia, aberta na sua espessura”.
Chafariz de S. Crispim ou chafariz da Póvoa de Cima, actualmente nos
jardins do Palácio de Cristal
Chafariz de S. Crispim ou chafariz da Póvoa de Cima no Largo da Póvoa –
Ed. J. Bahia Junior
Esta fonte esteve primitivamente implantada na Praça da
Trindade, do lado poente do edifício do hospital da Ordem Terceira da Trindade,
sendo demolida em 1853, devido a obras que se fizeram na via pública e veio a
ser reconstruída na Rua Firmeza, junto à Rua D. João IV, no local onde esteve,
sucessivamente, a fábrica de chapelaria Costa Braga & Filhos, inaugurada em
1866, a Escola Soares dos Reis e, onde agora está, a Escola de Hotelaria.
De permeio, foi tentado instalá-la no Laranjal, mas a sua
localização foi alvo de protesto do proprietário do prédio à qual ela iria
ficar encostada. Chegou a ser equacionado adaptá-la para ocupar o centro do
Largo do Laranjal, mas tal não se concretizaria. Acabaria então por ser
deslocada para a Rua Firmeza e, para o Largo do Laranjal, bem no seu meio,
ficaria o chafariz transladado do Largo de S. Domingos.
“O Exmº presidente da
Câmara foi ontem, como em vistoria, mais o IIº sr. Campos de Melo,
proprietário, ao largo do Laranjal, para combinarem o sítio onde devia ficar a
fonte que, provisoriamente, se acha encostada a uma casa do sr. Campos. Depois
de concertarem no modo em que ela não ficasse muito prejudicial ao sr. Campos,
decidiu que devia ser colocada no meio do largo, fazendo-se um chafariz”.
In Jornal “A Concórdia”, de 9 de Setembro de 1853 - &ª
Feira (Citando notícia do Jornal “Pobres”, do dia anterior)
Atrás desta fonte, já na Rua Firmeza, se misturavam e
juntavam, no início do século XX, os mananciais da Mitra e das Freiras que
vinham lá de cima da Póvoa de Cima e antes disso, era também, aquela fonte, o
destino da água desses mananciais, quando eles se juntavam no Campo do
Espinheira.
Na década de 50 do século XX, a fonte foi transladada para a Praça das Flores, pois na área ocupada antes pela fábrica de chapelaria e em parte pela fonte, seriam construídas as novas instalações da Escola de Artes e Ofícios Soares dos Reis.
Na década de 50 do século XX, a fonte foi transladada para a Praça das Flores, pois na área ocupada antes pela fábrica de chapelaria e em parte pela fonte, seriam construídas as novas instalações da Escola de Artes e Ofícios Soares dos Reis.
Fonte da Firmeza, actualmente na Praça das Flores
A Fonte da Trindade na Rua Firmeza, na esquina desta rua com a Rua D. João IV - Ed. J. Bahia Júnior, 1909, pág. 39
Local actual da foto anterior - Fonte: "oportoeagua.blogspot.pt"
Fonte do Canavarro (Desaparecida)
A Fonte do Canavarro era uma fonte que se encontrava à direita de quem
sobe a Rua de Santa Catarina, logo acima da esquina da Rua Firmeza. Tomou este
nome, do proprietário da quinta que lhe era fronteira, chamada Quinta do Ferro,
e que dava pelo nome de, Filippe de Souza Canavarro.
Era uma fonte muito espaçosa, com grande tanque e três bicas.
Fonte do Canavarro – Ed. J. Bahia Junior
Fonte do Canavarro identificada pela elipse a azul - Fonte: Planta de Telles Ferreira de 1892
Fonte do Canavarro localizada dentro de elipse - Fonte: Planta aprovada em 4 Novembro de 1819, para alinhamento da Rua da Princesa, em Fradelos
Fonte da Praça do Bolhão
ou Tanque do Bolhão (Desaparecida)
Este tanque, inicialmente de quatro bicas, ficava assente no espaldar das duas rampas que
estabeleciam a comunicação do mercado com a Rua de Fernandes Tomás.
Era abastecido pelas águas vindas de uma nascente situada nas traseiras do prédio, nº 160 (à data), na Rua Duquesa de Bragança (actual Rua de D. João IV).
Uma outra fonte do Bolhão existiu, desde finais do século XVIII, antes da edificação do mercado, em frente ao terreno onde o mercado foi edificado, tendo dado origem ao topónimo do arruamento, que ficou como Rua do Bolhão, mais tarde, Rua Fernandes Tomás.
O Tanque do Bolhão na entrada da actual Rua Fernandes Tomás
Chafariz do Convento de Santa Clara (Desaparecido)
Chafariz do mosteiro de Santa Clara - Desenho de Joaquim Vilanova (1834)
Este chafariz encontra-se na lateral (norte) da Catedral,
junto da galilé da mesma. Por ser dedicado a S. Miguel, terá sido mandado
construir em 1737 pelo Cabido no período da Sede Vacante. Inicialmente esteve
no Largo da Sé e na segunda metade do século XVIII foi transferido para o local
actual.
É constituído por uma taça circular tendo por trás um
espaldar côncavo com pilastras nos cunhais. Ao centro um pequeno frontão com um
baixo-relevo representando S. Miguel com a espada matando o demónio. Deste
frontão parte uma coluna que sustenta uma outra imagem de S. Miguel.
Chafariz de S. Miguel-o-Anjo
Esta fonte que também é conhecida como Fonte do Pelicano,
por o seu frontispício ser portador de uma figura daquela ave. Esteve
inicialmente na Rua Escura e foi, há anos, transladada para o Largo do Doutor
Pedro Vitorino.
Fonte da Rua Escura no local primitivo
A Fonte da Rua Escura no primitivo local
A Fonte da Rua Escura, actualmente
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