10.11 Ribeira da Asprela
ou Ribeira da Manga
A ribeira da
Asprela, também conhecida por ribeira da Manga, resulta da reunião de dois ribeiros,
um com origem em Contumil, que passa pelo Hospital do Conde de Ferreira,
denominado Ribeira do Outeiro ou Rego das Consortes e, um
outro, com origem na zona da Areosa, também conhecido por ribeira da Areosa.
A estas águas, depois de passarem pelo solo das Faculdades de Engenharia e de Economia, junta-se, posteriormente, um regato conhecido por ribeira de Paranhos, que nasce no alto da Rua Augusto Leça, passa pelas traseiras da Escola Preparatória de Paranhos e, depois de servir aí um lavadouro público, segue na proximidade da igreja de Paranhos e da Faculdade de Medicina dentária, indo desaguar na formada Ribeira da Asprela, em direcção a Matosinhos, já que é um afluente do rio Leça.
Nas zonas em que corre a céu aberto, isso acontece, quase sempre, em canal artificial.
Na foto acima, antes
da existência do Parque da Asprela, podemos observar o local da reunião das
águas vindas do curso de água proveniente da zona da Areosa (canal à esquerda)
com um outro, com origem na zona de Contumil (canal à direita) e que, por
passar nas traseiras do Hospital do Conde de Ferreira, no Outeiro, também é
chamado de ribeiro do Outeiro.
De assinalar que a este curso de água vindo de Contumil e que no seu percurso, seguindo em mina no interior do Hospital do Conde de Ferreira, se junta um outro riacho que, com origem na Rua Dr. Pires de Lima, segue canalizado pela Rua Augusto Lessa, Vitorino Damásio e Luís Woodhouse, caindo num lavadouro público, ao fundo da Rua do Relógio.
Por aqui existiu, em tempos, a Fonte do Vale, localizada na chamada Agra de Coalhães.
O troço do regato,
da foto abaixo, vindo dos lados da Areosa, junto à Faculdade de Engenharia, no
edificado “Parque da Quinta de Lamas”, uma área com potencial ecológico elevado e que, por isso, já foi alvo de tratamento paisagístico, há alguns anos.
O Parque da Asprela,
inaugurado em 20 de Março de 2022, passou a apresentar, à vista, o curso de
água resultante da reunião dos dois ribeiros que acabaram por formar a ribeira
da Asprela, a partir da confluência da Rua Roberto Frias com a Rua Júlio Amaral
de Carvalho.
A estas águas, depois de passarem pelo solo das Faculdades de Engenharia e de Economia, junta-se, posteriormente, um regato conhecido por ribeira de Paranhos, que nasce no alto da Rua Augusto Leça, passa pelas traseiras da Escola Preparatória de Paranhos e, depois de servir aí um lavadouro público, segue na proximidade da igreja de Paranhos e da Faculdade de Medicina dentária, indo desaguar na formada Ribeira da Asprela, em direcção a Matosinhos, já que é um afluente do rio Leça.
Nas zonas em que corre a céu aberto, isso acontece, quase sempre, em canal artificial.
Formação da Ribeira
da Asprela, antes da intervenção paisagística – Cortesia de
“oportoeagua.blogspot.com”
De assinalar que a este curso de água vindo de Contumil e que no seu percurso, seguindo em mina no interior do Hospital do Conde de Ferreira, se junta um outro riacho que, com origem na Rua Dr. Pires de Lima, segue canalizado pela Rua Augusto Lessa, Vitorino Damásio e Luís Woodhouse, caindo num lavadouro público, ao fundo da Rua do Relógio.
Por aqui existiu, em tempos, a Fonte do Vale, localizada na chamada Agra de Coalhães.
Tanque ao fundo da
Rua do Relógio – Ed. MAC
Troço do ribeiro do
Outeiro, vindo do Hospital Conde de Ferreira e de Contumil, junto do Bairro do
Outeiro – Ed. MAC
Local de chegada do
ribeiro vindo de Contumil ao novo Parque da Asprela – Ed. MAC
Troço do regato
vindo dos lados da Areosa, junto à FEUP – Ed. MAC
Local de encontro
dos dois ribeiros que formam a Ribeira da Asprela que corre para a esquerda da
foto – Ed. MAC
Ribeira da Asprela nas traseiras do Instituto Português de Oncologia – Cortesia de “oportoeagua.blogspot.com”
A ribeira da Asprela
do lado exterior da Estrada da Circunvalação, correndo em direcção ao rio Leça
- Cortesia de “oportoeagua.blogspot.com”
O rio Tinto, que
desagua na margem direita do rio Douro, é um rio com extensão e caudal bastante
modesto, estando todo o seu curso dentro da Área Metropolitana do Porto.
O Rio Tinto nasce em
Ermesinde, no lugar da Formiga, no concelho de Valongo, percorrendo naquela
freguesia cerca de 3,3 km, depois segue para a freguesia de Rio Tinto, no
concelho de Gondomar, onde percorre cerca de 5,4 km e, por último, entra na
freguesia de Campanhã, no concelho do Porto, onde percorre cerca de 3 km, antes
de desaguar no rio Douro, no lugar do Freixo. O comprimento total do rio Tinto
é de aproximadamente 11,7 km.
Camilo Oliveira
(1983) descreve, assim, o rio Tinto:
“Nasce próximo de
Ermezinde e passa por Medancelhe, Lourinha, ponte de Rio Tinto, Pêgo Negro e
desagua no Esteiro de Campanhã. Neste ribeiro e próximo de Medancelhe desagua
um pequeno regato denominado «Granja» e que nasce próximo da Areosa e um outro
denominado «Contumil» que nasce no lugar de Contumil, passa próximo da estação
do caminho- de- ferro de Campanhã e desagua no mesmo ribeiro, no lugar de
Benjóia, freguesia de Campanhã. Existem neste ribeiro os seguintes peixes:
boga, escalo e enguia.”
Dois importantes
afluentes do Rio Tinto são a ribeira de Cartes e a ribeira de Currais e referindo-se
a elas, o site da CMP, diz o seguinte:
“A ribeira de Cartes é
um afluente do Rio Tinto e localiza-se na sua maioria na freguesia de Campanhã.
Esta linha de água apresenta apenas um troço a céu aberto junto da Rua Amorim
Carvalho e tem, na cidade do Porto, uma extensão de 4,39 km e uma bacia de 2,02
km2. Apenas 1,96% da ribeira se encontra a céu aberto.
A ribeira de Currais é
outro afluente do Rio Tinto e localiza-se nas freguesias de Campanhã e Paranhos
no concelho do Porto e na freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar. Apresenta
uma extensão de 789 m. Esta linha de água apresenta apenas 17% a céu
aberto.
O Metro do Porto, no
âmbito da construção da Estação de Nau Vitória da linha para Gondomar, procedeu
à requalificação do troço da ribeira de Currais a montante do entubamento junto
do Centro de Comando Operacional do Porto (Rede Ferroviária Nacional - REFER
EPE)”.
Rio Tinto 1931- Fonte Arquivo Histórico- gisaweb.cm-porto
Actualmente, nas
margens do rio Tinto, que foi completamente despoluído, estende-se um passadiço
de 6,5 Km, entre o Parque Urbano de Rio Tinto e o Parque Oriental do Porto, que
pode ser percorrido de bicicleta, a caminhar ou a correr.
Passadiço do rio
Tinto – Fonte: “oportoencanta.com”
Construção da
estrada marginal (Avenida Paiva Couceiro) junto à foz do rio Tinto – Fonte:
Arquivo Histórico Municipal do Porto
A ponte sobre o rio Tinto que se observa na foto acima, foi
mandada levantar, no início do século XIX, pela Companhia Geral das Vinhas do
Alto Douro.
Rio Tinto na sua foz
– Ed. MAC
Na foto acima está a
foz do Rio Tinto (vindo da esquerda), já próximo do Freixo e observa-se, ainda,
o rio Douro, que corre à direita.
Cem metros mais a
montante do rio Douro, junto do paredão frontal (que se observa na foto), está
a desaguar o Rio Torto.
O rio Torto é um afluente na margem direita do rio Douro. É
um rio de extensão e caudal bastante modesto, estando todo o seu curso dentro
da Área Metropolitana do Porto.
O rio Torto nasce em Baguim do Monte onde percorre cerca de
2,5 km, depois passa por Fânzeres numa extensão de cerca de 3,5 km, por
Gondomar (São Cosme) em cerca de 3 km, faz fronteira entre São Cosme e Campanhã
durante cerca de 400 metros, entre Valbom e Campanhã durante aproximadamente
800 metros e, por fim, percorre cerca de 2 km em Campanhã até desaguar no rio
Douro no lugar do Freixo a montante da foz do rio Tinto. No total possui um
comprimento de cerca de 12 km.
Foz do Rio Torto – Ed. MAC
Ribeira da Asprela, Rio Tinto e Rio Torto
No mapa anterior observam-se os percursos da ribeira da
Asprela e dos rios Tinto e Torto.
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