10.7
Manancial de Malmajudas
ou dos Guindais
Localizava-se este manancial no sítio de Malmeajudas,
actualmente conhecido como Guindais. Abastecia um lavadouro público, que ficava
abaixo dele e o Chafariz da Praça da Ribeira, anterior ao actual, e era abundante
em água.
Em 1885, Tito Bourbone de Noronha acerca deste manancial
escreve o seguinte:
“Nos Guindaes de Baixo, Ribeira, foi aberta uma mina em
um monte marginal ao rio Douro; esta mina de 100 metros aproximadamente de
extensão é cavada em rocha.
A agua pouco abundante fornece uma fonte nos Guindaes de
Baixo, na extremidade sul da mina, e d‟aqui parte um tubo de ferro que vae
alimentar a fonte da Ribeira ao fundo da Rua de S. João… A agua é um pouco
insipia, sem cheiro e de bom aspecto.”
Fonte de Malmajudas (Desaparecida)
O nome desta fonte teve origem no nome do
manancial que a abastecia. Pouco se sabe sobre ela a não ser que se localizava
nos Guindais, talvez, próximo da calçada da Corticeira e, apenas se conhece o
valor de uma obra de reparação, que sofreu no ano de 1669 ano em que foi
adjudicada a ligação ao Chafariz da Ribeira.
Fonte das Aguadas (Desaparecida)
A
Fonte das Aguadas ficava junto do rio Douro próximo das escadas da Aguada, que
partem do extremo da Rua Gomes Freire, no términos da Alameda das Fontainhas.
Por essas escadas se desce até à Avenida Paiva Couceiro.
Em
1785 esta fonte terá sido reconstruída.
A
Fonte das Aguadas aparece referida por Manuel Pereira de Novais, em finais do
séc. XVII, junto ao rio Douro.
Nas
Memórias Paroquiais de 1758, o padre Simão Duarte de Oliveira refere-se a esta
fonte como tendo uma água muito boa, e servia para abastecer as embarcações que
iriam viajar para o estrangeiro, e daí o nome Aguadas.
Segundo
J. Bahia Junior:
“A fonte
da areia ou dos Guindais,
antigamente conhecida pelo nome de Fonte
das Lágrimas, apenas podemos dizer que já existia em 1669, como consta da
memória do padre Balthazar Guedes, já citada”.
A
Fonte da Areia que já existiria em 1669 e também é conhecida como Fonte dos
Guindais, era conhecida no século XVII, como Fonte da Lada.
Estava
localizada junto ao muro que sobe para o Codeçal e, segundo Baltasar Guedes,
para aceder à fonte tinha-se de descer uns degraus.
O
mesmo indica que esta obra era já muito antiga, e a água nascia no cimo da
serra e era grossa.
Quanto à Fonte das Lágrimas há quem discorde de Bahia Júnior e a situe entre a Rampa das Carquejeiras e a Quinta da China e ter risco de Nasoni. É o caso de Germano Silva. Cremos, no entanto, que a razão deve estar com Bahía Júnior.
Quanto à Fonte das Lágrimas há quem discorde de Bahia Júnior e a situe entre a Rampa das Carquejeiras e a Quinta da China e ter risco de Nasoni. É o caso de Germano Silva. Cremos, no entanto, que a razão deve estar com Bahía Júnior.
“Em 1745, o mestre pedreiro Silvestre
Moreira arrematou uma obra na Fonte das Lágrimas, por 390$00 réis, e em 1784,
esta fonte estava num estado tão degradado que foi mandada reparar. A obra foi
arrematada pelo mestre pedreiro José Ferreira, que recebeu o pagamento em duas
partes: o primeiro foi em 3 de Janeiro de 1785, tendo recebido 21$080 réis; e o
segundo foi em 4 de Março do mesmo ano, não se sabendo a quantia.”
In
Dissertação de Mestrado da UP de Diogo Emanuel Pacheco Teixeira
Fonte
da Arca do Cais dos Guindais (Desaparecida)
No
exterior, já no cais, havia outra fonte chamada Fonte da Arca do Cais dos Guindais, que tinha a nascente dentro de
uma casa arruinada, e cuja água era muito boa e servia para consumo das
embarcações.
Segundo
J. Bahia Junior em 1909, a primitiva Fonte da Areia já tinha desaparecido e sido substituída por aquela que o povo e o higienista identificava pelo mesmo nome,
após a construção da Avenida da Ponte e, da ligação desta, ao Cais da Ribeira.
“A Fonte da Areia ou dos Guindaes situada
no Caes da Ribeira, tem a sua bica, emergindo do paredão que forma a Avenida da Ponte, formada por um tubo
de ferro de grande calibre que a traz encanada desde a sua nascente que fiça do
lado opposto da Avenida por baixo das Escadas do Codeçal e á entrada da Viella das Panellas, no ponto em que se
vê um arco de pedra meio soterrado (…) Parece ter sido aí primitiva Fonte dos Guindaes,
encanada depois de concluida a Avenida da Ponte para o Cães da Ribeira”.
Fonte:
J. Bahia Junior
Fonte
da Areia (após mudança de local) em 1909 - Fonte: J. Bahia Junior
A Fonte da Ribeira
encontra-se na Praça da Ribeira encostada à face do prédio entre as ruas de S.
João e Mercadores. Foi terminada em 1784 por ordem de João de Almada e Melo. É
servida por água do manancial de Malmajudas ou dos Guindais.
À direita da foto está o Chafariz da Ribeira - Ed. "Illustração Portugueza", de 14 Outubro de 1907
Fonte da Ribeira actualmente
Chafariz
da Ribeira e Fonte do Cubo
Fonte do cubo
Existiu no meio da
Praça da Ribeira uma antiga fonte e lavadouro público construídos em 1678,
servidos pelo manancial de Malmajudas ou dos Guindais. Segundo o beneditino
Pereira de Novais “era de mucho adorno e perfeccion”.
Durante a remodelação da Praça da Ribeira entre 1776 e 1780 a fonte
referida foi desmantelada tendo sido substituída pela Fonte da Ribeira cuja
edificação terminou em 1783.
O seu local foi
descoberto em trabalhos arqueológicos e aí foi construída a Fonte do Cubo,
projecto do escultor José Rodrigues, já nos nossos dias.
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