domingo, 8 de janeiro de 2017

(Continuação 14) - Actualização em 04/10/2019 e 08/12/2020




O higienista J. Bahia Junior, em 1909, situa a arca que dava acesso ao Manancial da Cavaca “nas trazeiras do prédio onde está installada a estação dos Bombeiros da rua da Duqueza de Bragança, ao fundo de um quintalejo…”



O Manancial da Cavaca ou da Duquesa de Bragança teve, primitivamente aquele nome, por o terreno haver pertencido a uma família a quem o povo alcunhava assim, mas, abrindo-se mais tarde a rua que teve a denominação de Duqueza de Bragança, e estando-lhe proximo este manancial, deu-se-lhe o mesmo nome, visto como a agua pertencia á Camará e não a essa família. Todavia, ainda hoje é mais conhecido pelo seu primitivo nome. Esta arca pertenceu aos Religiosos de Santo Antonio, intitulados Capuchos da Cidade, cujo convento é o actual edifício da Real Bibliotheca Publica do Porto.
Haviam comprado os mesmos Religiosos a Manoel Pedro e mulher Luiza Josepha de Aguiar, uma porção d'agua nascida nos campos chamados Leira Longa e Malmerendas, na Povoa de Baixo, e querendo trazer essa agua pelo Padrão das Almas, encorporado hoje á rua de Santo Ildefonso, para o seu mosteiro do Campo de S. Lazaro, solicitaram e obtiveram para isso licença do Senado da Camará, em 20 de junho de 1788, tendo já diligenciado Provisão Régia para o mesmo fim, a qual foi datada de 20 d'esse mez, depois de feita a vistoria respectiva a 12 de março do dito anno.
Proseguiam na obra do Manancial e do encanamento, procurando mais agua, quando o Syndico do Convento João Lopes Ferraz e Bessa, pediu a El-Rei outra Provisão para minar os terrenos pertencentes á Camará, por serem mais favoráveis á construcção do aqueducto, e foi-lhe concedida a 7 de dezembro de 1798, sendo-lhe dados estes terrenos, para esse effeito, livres e alludiaes, sem laudemio e foro, com a condição de ser o aqueducto subterrâneo, para se evitarem prejuizos públicos.
Estas condições e Provisão, acham-se copiados na Escriptura de 14 de fevereiro de 1799, em que o mesmo Syndico Apostólico se obriga a cumprir exactamente as clausulas mencionadas na supra dita Provisão. 
Effectivamente os Monges edificaram uma excellente arca, numa grande profundidade, como adeante veremos na descripção d'esté Manancial, tendo ainda acima do solo as respectivas paredes, tecto e porta, para, resguardo e servidão da mesma arca, dentro da qual, descendo por sete lanços d'escadas de pedra, se encontra no pavimento inferior o tanque ou receptáculo da agua da primitiva nascente e de outra que depois se lhe reuniu e que actualmente está, secca.
Construíram também o aqueducto subterrâneo ordenado pela citada Provisão e com tal segurança, solidez e dispensio, que, a não haver d'isto relação, não se acreditaria facilmente que isto fosse feito á custa de uma Ordem Mendicante. Recebia pois o mencionado tanque a agua da primitiva origem pelo lado poente, onde, como já vimos na historia dos mananciaes do Bispo e Freiras, se vem lançar parte da agua d'estes dois mananciaes, depois de ter sido repartida por différentes fontes pertencentes ao Municipio e, providas d'esta agua, posteriormente ao contracto feito por Escriptura de 31 de maio de 1855; e, pelo lado norte, lançava-se também n'este tanque, uma biqueira de mina particular, a qual trazia 6 pennas pelo contracto feito com Bernardo Pereira Leitão como tutor de seu cunhado Agostinho d'Oliveira Maia, em observância da Escriptura de 22 de setembro de 1853 e mais 2 pennas por Escriptura de 7 de dezembro de 1859, celebrada com Nicolau Coquet Pinto de Queiroz, depois de seu seccionario Florindo José Teixeira de Carvalho.
Veiu á posse e dominio da Camará Municipal esta arca e sua respectiva agua por serem pertenças do extincto Convento de Santo Antonio, denominado da Cidade, quando este lhe foi doado pela Carta de Lei de 30 de julho de 1839, para nesse edifício se estabelecerem: a Bibliotheca Publica, fundada por decreto de 9 de julho de 1833, o Museu Portuense de Estampas e Pinturas, e juntamente a Academia de Bellas-Artes, sendo a quelle fundado por Portaria de 11 de abril de 1833 e definitivamente creado por decreto de decreto de 22 de novembro do mesmo anno.
Já em 1833 havia a Commissão Municipal solicitado esta nascente para uso publico, á Commissão Administrativa dos Conventos abandonados, a qual, considerando não caber isto nas suas attribuições, resolveu representar nesse sentido a Sua Magestade Imperial o Duque de Bragança, o que fez em sessão de 30 de agosto do mesmo anno; e, resolvendo a Camará, depois da sua posse, acautelar o prejuízo futuro que poderiam soffrer as aguas e a sua arca com edificações nos terrenos próximos, deliberou havê-los por emprazamento, o que realisou mandando murar todo este espaço para que ficasse desaffrontada e inteiramente livre de qualquer incidente futuro esta antiga arca.
A mina conductora que do pavimento da arca segue na direcção do sul, dirige-se assim profundamente até á rua da Oliveirinha, atravessando os quintaes ao nascente da rua Duqueza de Bragança e a rua de Fernandes Thomaz, cortando atravez de um campo que pertencia a Antonio Alves Manada, local onde estava praticado um óculo quadrado feito de pedra, e superior ao solo do mesmo campo e de que se encontram ainda vestígios, como adiante dizemos na parte descriptiva d'esté Manancial. N'esta mina conductora ainda se encontra actualmente a antiga canalisação em louça, que levava portanto até á Fonte da rua de Santo Ildefonso agua dos três mananciaes, a saber: Bispo, Freiras e Cavaca. Porém, não terminava aqui a sua distribuição, seguindo depois em canalisação de pedra atravez da rua de Santo Ildefonso para uma pia de servidão particular da Camará que ainda actualmente existe, collocada entre casas de vários proprietários, para ir até uma outra pia collocada no outro extremo d'esse espaço estreito que se prolonga até á rua da Murta.
Era n'esta pia que se fazia a ultima repartição d'esta agua para o Recolhimento de Nossa Senhora da Esperança das Orphãs, cujo encanamento levava a sua direcção pela frente da Bibliotheca Publica e entrava no edifício da mesmo Recolhimento; para o Hospital dos Lázaros e Lazaras da rua das Fontainhas e, finalmente, para a fonte do Jardim de S. Lazaro, hoje fechada e cujo trajecto de canalisação se fazia pela rua da Murta, até ás costas da mesma fonte.
Esta, que ainda existe no mesmo local posto que não dê agua, é de mármore, muito bem trabalhado, e pertenceu á sachristia do extincto Convento dos Religiosos Dominicos, cuja Igreja foi demolida para ampliar o corte da rua Ferreira Borges. Em uma outra nota vimos que a parte da agua que ainda crescia d'esta distribuição, ia juntar-se no encanamento que n'esse ponto passava do Manancial do Campo Grande. Esta juncção ainda hoje se faz, mas, em logar de ser n'este ponto, é na esquina da rua do Visconde de Bobeda, tendo portanto a canalisação uma direcção contraria á antiga.
In “Contribuição para a Hygiene do Porto” de J. Bahia Junior em 1909





Fonte do Largo do Padrão na esquina das ruas de Santo Ildefonso e Coelho Neto


Esta fonte era ali­mentada pela água da nascente da Cavaca, recebendo, ainda, água do Manancial das Freiras e do Manancial do Bispo. Tinha duas bicas. Uma para ser utilizada pela população das imediações e a outra para uso exclusivo dos agua­deiros. A água caía num espaçoso tan­que onde os carreiros levavam os bois para se dessedentarem. Esta fonte era, ali, muito antiga e no frontispício tinha gravada a data de 1891, ano em que fora reconstruída.



Local actual da foto anterior – Fonte: Google maps




10.9 Manancial de Camões, Manancial do Burgal e Manancial das Fontainhas



O lado nascente da Rua de Camões, desde a Rua de Gonçalo Cristóvão até Liceiras (isto é, a parte onde estão hoje os terrenos da estação da Trindade), depois de várias vicissitudes, foi passando para a posse da Câmara. Neste lado nascente, no extremo sul, onde está hoje o edifício da estação do Metro, num chão rectangular, havia uma óptima nascente, privativa de uma quinta. Em 1829, a Câmara compraria essa nascente juntamente com o seu aqueduto. Mais tarde, a Câmara mandaria construir uma arca de água em 1846, que veio a ser demolida em 1853.
O manancial começou por ser uma reserva de água particular, pertencente ao fi­dalgo do Bonjardim, o sr. Gonçalo Cristó­vão Teixeira Coelho de Melo Pinto de Mes­quita e a água, era por ele utilizada, em ex­clusivo, na sua bela quinta de Santo Antó­nio do Bonjardim. Em 1829, a Junta das Obras Públicas negociou com Gonçalo Cris­tóvão a passagem da água do manancial de Camões para o serviço da cidade, mediante algumas compensações. E, assim se fez. En­tre outras, a água de Camões abastecia as seguintes entidades, fontes e chafarizes: o Hospital da Ordem da Trindade, que ficava logo ali ao pé; uma fonte que havia do lado poente do edifício do hospital e que em 1853 foi demolida devido a obras que se fi­zeram na via pública (as pedras desta fon­te foram levadas para o "lameiro de Liceiras" que ficava não muito longe dali, mas não chegaram a ser aproveitadas voltando a ser deslocadas, desta vez, para a Rua da Firmeza, onde acabou por ser construída a Fonte da Firmeza e que hoje está preservada na Praça das Flores).
Era do manancial de Ca­mões que ia água para a Fonte da Feira dos Carneiros, situada próximo da denominada Travessa de Liceiras; avançava, depois, para o Chafariz do Laran­jal, erguido mais ou menos a meio da rua deste nome; seguia para a Fonte de Sá da Bandeira, no ângulo das ruas de Sá da Bandeira e de Sampaio Bruno, onde esteve o Banco Pin­to de Magalhães; e ainda, para uma fonte que havia no pátio de entrada do antigo edifício da Câ­mara, demolido para a abertura da Avenida dos Aliados e que, era conhecido, por Bica do Pelicano (esta fonte está agora no Roseiral, no Palácio de Cristal).
O manancial abastecia, ainda, uma fonte no Largo de S. Bento das Freiras, denominada Fonte das Freiras, já anteriormente referenciada.
Nas traseiras do prédio nº 308, da Rua Gonçalo Cristóvão, ao fundo de um pátio com a frente para a casa, que no ano de 1957 foi demolido juntamente com dois contíguos para se erguer um edifício de sete andares, havia uma lindíssima fonte com espaldar de pedra artisticamente trabalhada, que se pensa ter pertencido ao fidalgo do Bonjardim. Esta fonte foi vendida em 1957, ao conde da Covilhã.
Uma outra fonte já desaparecida, chamada Fonte da Neta, por estar próxima da Viela da Neta, situava-se, de facto, na Viela dos Tintureiros e era abastecida pelo manancial de Camões.
Importa referir que a Casa de Banhos, da Rua de Santo António foi, também, abastecida pelo manancial de Camões.
Aquele estabelecimento inaugurado em 7 de Março de 1854, era uma parceria constituída por António Ribeiro de Freitas, Francisco Gualdino Rangel, José Alves Magalhães, José Barbosa de Barros, Miguel Boaventura Rangel e José Barros Freire.
Em 1863, a Casa de Banhos fez um contrato com os titulares do domínio útil de um terreno, para construção de uma mina subterrânea de água, situada perto, do que é, hoje, a esquina (Norte/Nascente) da Rua de Gonçalo Cristovão e a Rua de Camões.
A água proveniente desta mina, após o lavramento respectivo desde a nascente até à porta da rua, percorria 43,5 metros e daí, até uma pia de repartição situada na Rua de Gonçalo Cristovão, eram mais 40,5 metros.
A água, depois, era acrescentada na canalização do município, já existente.


 
Mina (1) da Casa de Banhos da Rua de Santo António
 
 

 

No desenho anterior está representada a localização do Horto Municipal, tendo ao seu lado a chamada montureira, que era um monte de entulho formado pela deposição de inertes durante a construção da igreja da Trindade.
 
 


Horto Municipal na Rua de Camões

Importa dizer, que a mina que se encontrava no local, atrás apontado, estava junto de três chãos unidos, que deram origem a três moradas de casas, sendo que, uma delas, a seu lado, tinha uma porta fronha que dava acesso a um quintalão, anexo, com três casas que não eram mais, que uma característica “Ilha”.
Em 1859, João Evangelista de Araújo Lima e sua mulher Emília dos Santos Lima tinham tomado por subemprazamento a José António Teixeira Coelho, filho do fidalgo do Bonjardim que vivia, à data, em Vila Real, aqueles três chãos unidos, atrás referidos, onde construíram, então, três casas de dois andares.
Foi com este casal, detentor do domínio útil do terreno, em causa, com quem a Casa dos Banhos negociou a abertura de uma mina, tendo obtido ainda, para o efeito, o referido casal, a necessária autorização do Cabido, argumentando que a água nascida no local era prejudicial ao dia-a-dia dos moradores.
A área da cidade onde se encontrava o manancial de Camões era do domínio directo do Cabido da Sé, pelo que, lhe era devido o respectivo foro, neste caso, pago pelo conhecido como fidalgo do Bonjardim, que tinha o domínio útil da chamada Quinta do Bonjardim e, cujo vínculo, passou depois para o seu filho. Eram eles, que subemprazavam os respectivos terrenos que ficavam onerados com o laudémio (percentagem do negócio) de 4-1 a favor do Cabido.
O prédio onde a dita mina foi construída, passou, em 10 de Fevereiro de 1894, por cinco contos de réis, para as mãos de Francisco Napoleão Mata, morador no Largo do Correio, negociante e, em 19 de Janeiro de 1920, foi vendido por sete contos de réis, a Narciso Pedro da Fonseca e Silva, morador na Rua de Antero Quental.
Napoleão Mata adquiriu o prédio completamente livre e alodial, visto que o foro enfitêutico, que sobre ele pesava, tinha sido remido junto dos enfiteutas do prazo, à data, Maria da Graça Teixeira Coelho (neta de Gonçalo Cristovão) e marido, José Xavier Teixeira de Barros.
Acontece que, desde 1876, o filho de Gonçalo Cristovão, em estado de viúvo, vivia em V. Real e era, apenas, usufrutuário dos terrenos outrora pertencentes  à Casa e Quinta do Bonjardim.
Junto dos titulares do domínio directo, o Cabido da Sé, também o casal tinha obtido a necessária remissão, constante de carta régia, emitida pelo Ministério da Fazenda, em 31 de Janeiro de 1885.
O prédio, que depois teria o nº 254 e que, há muito desapareceu, foi propriedade do médico Carlos Ramalhão.


Rua Gonçalo Cristovão e o local onde foi aberta a mina subterrânea de água, que complementava o caudal, que abastecia a Casa de Banhos da Rua de Santo António


Perspectiva, actual, idêntica à observada na gravura anterior – Fonte: Google maps








Sabe-se poucos pormenores sobre o seu historial. Situava-se encostada à Travessa das Liceiras conhecida anteriormente por Travessa da Sampaia e relativamente próximo à Rua de Camões. Era alimentada pelo chamado Manancial de Camões. Era uma fonte sólida em granito, assente em laje da mesma pedra que servia para posar as vasilhas onde antigamente as pessoas transportavam a água.
Encontra-se actualmente nos jardins dos SMAS.

Fonte da Feira dos Carneiros ou Chafariz de Camões nos SMAS

Fonte da Feira dos Carneiros no seu local primitivo – Fonte JN




Largo do Laranjal, Cancela Velha e Chafariz do Laranjal, junto ao Café Primavera


Uma outra fonte existiu mais abaixo, constando de uma fonte rasa antes de ser transformada em Chafariz do Laranjal.
Ficava a referida fonte rasa, ao cimo da Avenida dos Aliados, nas ime­diações da desaparecida viela do Cirne, que ligava diretamente com a Cancela Velha (actual Rua de Guilherme da Costa Carva­lho) ou seja, sensivelmente no sítio onde agora está aquele tanque, construído du­rante a mais moderna renovação da aveni­da e que tinha um nome, no mínimo, pitoresco. Era a Fonte do Olho do Cu. A estranha denominação tinha a ver com a sua configuração. Ficava a um nível bastante inferior da rua e lá bem no fundo, havia uma bica que deitava água para uma pia. Para chegar à água, era neces­sário descer alguns degraus em granito e essa água vinha do manancial de Camões.
Também chamada Fonte do Laranjal, segundo Baltasar Guedes, a fonte tinha aquele nome, devido à grande quantidade de laranjeiras que havia naquele local, que tinha o nome de Sítio do Laranjal, hoje conhecido como Praça da Trindade. A fonte estava localizada no campo, perto do muro da Quinta do Laranjal, e tinha uma arca com vinte palmos de comprimento, cinco de largura e vinte e dois de altura. Era toda emparedada, e tinha uma porta e uns degraus que davam acesso à arca. No exterior havia uma pia que vertia água da dita água para uso do público.
O mesmo autor continua dizendo que esta fonte fornecia água a algumas pias públicas, e depois juntava-se às águas do manancial de Paranhos no local da Ponte Nova, e esta mistura abastecia o chafariz de S. Domingos.
Para que o povo perdesse o hábito da denominação brejeira que tinha, a Câmara transformou-a em artístico chafariz, em 1854 com o material vindo do antigo chafariz do Largo de S. Domingos.
Este tinha sido o primeiro chafariz redondo da cidade e já foi referenciado anteriormente.
O Chafariz do Laranjal tem uma coluna central com bicas que vertem a água para um tanque circular. Foi desmontado em 1916 quando da abertura da Avenida dos Aliados. Foi recolhido e chegou a estar  na Quinta das Oliveiras, que os SMAS (Águas do Porto, Nova Sintra) ocuparam a partir de 1932.
Está, actualmente, perto do anterior local de instalação - o Largo da Trindade. 



Fonte do Bonjardim (Fonte na esquina da Rua Bonjardim e da Rua Sá da Bandeira - Desaparecida)


Fonte na Rua do Bonjardim (actual Rua de Sá da Bandeira)


A Rua Sá da Bandeira começou a ser aberta em 1836, através de terrenos que pertenciam à abandonada cerca dos padres Congregados, que fugiram do Porto abandonando o convento, quando D. Pedro entrou na cidade à frente do Exército Libertador.


Local actual da foto anterior – Fonte: Google maps


A intenção do município, ao rasgar esta nova artéria, foi a de estabelecer uma ligação rápida e directa entre a então Praça de D. Pedro e a Rua do Bonjardim. As obras começaram em 1836 mas só sete anos depois (1843) se começaram a construir casas e as primeiras que se levantaram foram as que ficaram com as traseiras voltadas para a Viela dos Congregados.
Em 1848 no cunhal do prédio que fazia esquina da nova artéria com a antiga parte do Bonjardim, ou seja, na esquina do prédio que viria, posteriormente, a dar lugar a outro onde esteve o Banco Pinto de Magalhães, construiu-se uma fonte pública, com duas bicas que era alimentada pelo manancial de Camões. 

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