sábado, 14 de janeiro de 2017

(Continuação 20) - Actualização em 19/10/2017

Fonte da Avenida de Montevideu



Fonte da Avenida de Montevideu aquando da inauguração

“A fonte agora em ruínas foi ali colocada em 1931 e tinha sido desenhada pelo arquitecto Manuel Marques para um concurso de "motivo decorativo" para a avenida dos Aliados. O desenho com muito sentido poético do funcional, veio afinal embelezar o jardim da Foz e tornou-se "símbolo da zona onde se insere". 
Texto de Zilda Cardoso.

Em 2014 começou a fonte a ser recuperada e, actualmente, está em pleno funcionamento.

Fonte actualmente



Encontrava-se esta fonte a poucos metros da esquina da Rua das Águas Férreas (continuação da Travessa da Figueiroa) .
Há poucos anos, foi a fonte das Águas Férreas reconstruída no Parque da Cidade. 


Fonte das Águas Férreas em 1865 na Planta de Perry Vidal

Legenda:

1. Fonte das Águas Férreas
2. Actual Travessa das Águas Férreas
3. Actual Rua das Águas Férreas
4. Actual Rua do Melo
5. Actual Travessa da Figueirôa 

Fonte das Águas Férreas (oval amarela) na Planta de Costa Lima 1839





Bica da Fonte das Águas Férreas

“Potável e termal. Nesta especialidade era a única conservada ao uso do público na cidade. E por isso e para proporcionar alguma comodidade a quem de tivesse de recorrer, abriram uma alameda com bancos de pedra. Para reunir o útil ao agradável, puseram-lhe duas bicas: uma de água potável e outra de água medicinal, servindo assim, simultâneamente, os dois fins – o medicamentoso e o caseiro”. 
In: portoarc.blogspot.pt

Sobre ela escreveu J. Bahia Junior:

“A Fonte das Aguas Férreas situada dentro da quinta de Santo Antonio das Aguas Férreas foi por muito tempo considerada como agua minero-medicinal e ainda, parece contar alguns crentes. De muito boa construcção, está colloeada a nivel inferior do solo e a ella se desce por uma larga escadaria de pedra.
Tem duas bicas, sendo cada uma d'ellas de nascente propria e, ainda, ao lado direito da fonte, se encontra um recipiente rectangular, de granito, medindo 0,70m de comprimento por 0,28m de largura e com uma profundidade de 0,64m onde propria mente é a nascente medicinal das Aguas Férreas. Este óculo está fechado com tampa de ferro e cadeado, estando de posse da chave um guarda que, tem a seu cargo vigiar esta fonte. No jardim, por detraz d'ella, vê-se o óculo de entrada para as suas duas minas.”

Fonte das Águas Férreas - Ed. “Porto Desconhecido e Insólito”, Porto Editora


O manancial que abastecia esta fonte foi descoberto em Agosto de 1784 numa propriedade de João Gonçalves, que pôs as suas águas à disposição do público e dando a sua exploração à Câmara.
Ao fim de 5 anos e após análises às águas a edilidade comprou os terrenos e mandou aí levantar uma fonte e, ao seu redor, uma alameda de árvores e bancos de pedra.
Em meados do século XIX a afluência à fonte era intensa, estando a sua guarda ao cuidado de um poeta popular conhecido pelo “Cartola”, personagem que era habitual frequentador do Botequim das Hortas.
Como é observável na foto anterior, para o acesso às bicas descia-se por uma pequena escadaria.



Fonte das Águas Férreas no Parque da Cidade - Ed. MAC



Fonte da Rua Garrett nos jardins do SMAS - Ed. MAC


A Fonte da antiga Rua Garrett, actual Rua de Padre António Vieira, em Campanhã, está nos jardins do SMAS.
Recebia água de uma canalização com origem no Manancial de Montebelo.



Capela e Memória evocativa do Milagre da Fonte da Nossa Senhora de Campanhã 



A fonte encontra-se sob a VCI – In: portoarc.blogspot.pt


“Conta a lenda que em 1742, um ano de grande seca, os habitantes de Campanhã fizeram uma procissão em honra a nossa Senhora. A imagem caiu do andor e partiu uma mão e no local da queda brotou água no dia seguinte. A fonte que então nasceu existe ainda na Rua de Bonjóia, com algumas alterações depois da construção da Via de Cintura Interna do Porto. Existe também um obelisco, em memória do milagre e uma capela que foi inaugurada em Julho de 1961, perto da mesma fonte”.
Fonte – Site (Associação Nun’Álvares): anc.com.pt  


Em 1862, a população ergueu no local um pequeno monumento (obelisco), consagrado ao acontecimento.
Desde a sua primitiva implantação, após o milagre, a fonte passou por várias peripécias. Chegou a ficar soterrada sendo depois «desenterrada» pela população e reactivada através da primitiva nascente.
Em 1956, iniciaram-se as primeiras tentativas oficiais para a restauração do referido fontenário e construção de uma nova evocação sob a forma de uma capelinha. Encetadas as medidas necessárias, em 8 de Setembro de 1959 (dia da festa da padroeira), procedeu-se à cerimónia da bênção da primeira pedra. Daí até à inauguração decorreram ainda dois anos povoados de obstáculos e contratempos.
Finalmente a 2 de Julho de 1961, em terrenos oferecidos pela família Mitra, proprietária da Quinta do Mitra também conhecida por Quinta de Vila Meã, inaugurou-se, a cerca de 30 metros da fonte reconstruída (agora sob a VCI), a Capela e a pequena Memória exterior adjacente, sob a forma de obelisco, entretanto restaurado.

Fonte de Bonjóia no seu local de origem

Na foto anterior, a fonte, quase invisível, está por baixo dos arbustos.
Em relação aos dias de hoje a diferença está no tanque da fonte, que era rebaixado relativamente ao caminho.

Fonte da Vila Parda

A fonte de Vila Parda, datada de 1859, foi restaurada em 1940 e fica na Rua do Bonjardim, numa reentrância da parede, junto à Rua do Paraíso, a antiga Travessa da Senhora da Lapa. Embora a fonte ostente a data de 1859 parece que, no mesmo sítio, terá existido uma outra, embora mais pequena e com tanque, talvez anterior ao ano de 1613. Apesar de não se saber a data precisa da construção deste primitivo chafariz, sabe-se que já existia em 1597, aquando o pedreiro Martins Brás arrematou os consertos dele e o de Santo Ovídio, em 2 de Janeiro desse ano.
O nome “Parda”, segundo documentação antiga, parece derivar do facto de, nas redondezas, ter vivido uma mulher mulata ou parda. 

Sobre esta fonte, Horácio Marçal escreveu que:
“(…) a velha fonte era abastecida por nascente própria situada um pouco mais acima (…)”. 

Dados apresentados numa obra do séc. XIX dizem-nos que: 
“a água nasce na Rua Bella da Princeza em uma mina, indo alimentar a fonte de Villa Parda. No trajecto a água segue a mina e depois por tubos de chumbo no pior estado de conservação, rompendo-se repetidas vezes.” 
Fonte: Tito Bourbone de Noronha, 1885

Outro autor diz que a origem do nome “Vila Parda” remete para uma estalagem com o mesmo nome, que se localizava perto do chafariz.
O documento intitulado “Mappa das Fontes Publicas Não Fornecidas Pelo Aqueducto de Paranhos e do Campo Grande”, com algumas observações Históricas, de 1835, revela que em 1822, esta água era escassa, pelo que foi feita uma vistoria em 18 de Janeiro desse ano, e descobriu-se que havia pouco cuidado com a manutenção das canalizações, que eram de louça. E no ano da redacção do documento, a água continuava a jorrar em pouca quantidade. Mas em 1866, a água já corria abundante e com uma excelente qualidade. A fonte é constituída por um tanque semi-circular e por um espaldar rectangular, com duas pilastras nas extremidades.
Na parte superior tem uma lápide com o nome da fonte e por baixo ostenta a data de 1859. É arrematado por uma urna e a água jorra por duas bicas.


Fonte da Vila Parda - Ed. MAC

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