Fonte do Ouro ou Fonte do Largo do Ouro
Foto actual da Fonte
do Ouro restaurada em 1940 – Ed. MAC
Segundo j. Bahia
Junior:
“Podia encontrar-se esta fonte, logo abaixo
da Fábrica da Companhia do Gaz, no Cais do Ouro, encostada a um muro que ficava
á direita. Era composta de um largo tanque e duas bicas cuja nascente tinham a
sua entrada na Calçada do Ouro”.
Muito perto da Fonte do Ouro, a ela se refere J. Bahia Junior do seguinte modo:
“Situada mesmo junto á
margem do rio, defronte do prédio n.° 258, no quintal do qual ella tem a sua
nascente não visitável. Compõe-se de uma bica com pequeno tanque tendo ao lado,
outro maior com lavadouros, alimentado pelas vertentes do primeiro. Por cima da
bica vê-se uma pequena porta de ferro de muito reduzidas dimensões que é a
entrada da sua mina”.
Fonte do Félix – Ed. J. Bahia Junior
“ […] A fonte da Praia do Ouro, está feita na muralha ou
paredão do caes, no local do estaleiro marítimo: havendo marés vivas naõ he
possível o serviço desta fonte naõ obstante as escadas de servidaõ, que da
estrada marginal se oferece ate á dita fonte, pois n´essas ocasiões fica submergida.
Tem a mina a pouca distancia na propriedade do
Bessa.”
Texto de anónimo
Fonte da Praia do Ouro que foi também Fonte do Félix - Ed. José Magalhães
A Fonte do Félix depois chamada também Fonte da Praia do
Ouro, estava adossada ao paredão granítico, no estaleiro marítimo do Ouro já
bem próximo da foz da ribeira da Granja (na margem esquerda da ribeira) a ela
se chegando por uma escadaria de dois lanços.
Pela imagem apresentada, podemos ver um espaldar enquadrado
por pilastras nos extremos e o corpo central quadrangular, destacado e coroado
por cornija saliente do muro envolvente. No corpo central, podíamos observar
uma torneira substituindo, por certo, a caraterística bica em granito,
semelhante a muitas outras fontes da época. O tanque era alongado e terminava
com uma forma semi-circular.
Hoje a fonte foi reconstituída próximo do seu primitivo
local, ao nível da Rua do Ouro, mas em cota um pouco mais elevada.
Fonte da Praia do Ouro adossada ao cais e lavadouros – Ed. José Magalhães
A Fonte da Praia do Ouro actualmente – Ed. MAC
Chafariz do Cágado
Chafariz da Prelada
– Ed. MAC
A Fonte da Lapa não ocupou primitivamente o mesmo local que
hoje ocupa, mas sim, junto ao muro do quartel de infantaria 18.
Para que a água pudesse chegar à fonte, estava esta colocada
a uma profundidade grande, havendo umas escadas para descer até lá. Como estas
estivessem extremamente gastas e as paredes ameaçassem ruina, resolveu a
Câmara, em reunião de vereação de 17 de abril de 1818, transferi-la para um
outro local e, por vistoria de 21 de julho de 1824, deliberou-se que a
construção da dita fonte fosse feita, no ponto em que actualmente está
colocada, do lado sul do Hospital da Lapa.
Fonte da Lapa
“…Para a formação deste jardim, (no quartel de
Infantaria 18) foi necessário destruir uma fonte que havia junto do portão do
dito quartel, que ficava num sítio fundeiro e para o qual se descia por uma
rampa, e construir uma outra fonte em sua substituição, na embocadura da Rua de
Salgueiros, para onde as águas, como é óbvio, tiveram de ser desviadas. Data,
pois, a construção da actual Fonte de Salgueiros, que está por baixo e
encostada ao muro do Jardim da Lapa (na confluência do Largo da Lapa com a Rua Cervantes),
do ano de 1818”
In O Tripeiro, Série
VI, Ano I
Fonte da Fontinha
nos jardins dos SMAS
Segundo Horácio
Marçal, embora esta Fonte da Rua da Fontinha fosse de risco simples, era de aspecto
atraente. A sua importância nasceu no facto de que a Fonte Seca, que lhe era próxima e estava localizada mais a norte, tal como o nome
indica, ter secado, apesar de terem sido experimentadas várias alternativas para o seu abastecimento.
Em 1852, a Fonte da
Fontinha foi transferida do lugar primitivo, (embocadura da Travessa
da Fontinha, junto da Rua Bela da Princesa, na parte cimeira da actual Rua de Santa
Catarina) para a Rua da Fontinha, no término da Rua das Carvalheiras.
Mais tarde, foi
desmontada e transferida para os Jardins dos SMAS.
Sobre o topónimo Fontinha, Eugénio Andrea da Cunha Freitas, na sua obra "Toponímia Portuense" diz que tal se terá ficado a dever a um requerimento endereçado ao Senado da Câmara do Porto, em 9 de Julho de 1777, do seguinte teor:
"Ilustrissimo Senado: Dizem José Ferreira Martins e mais
moradores do monte do Musa, acima de Fradelos, freguesia de Santo Ildefonso,
que o mesmo sítio há uma Fontinha de que os mesmos moradores se servem, a qual
sai uma fraga que lança coisa de duas penas de água e para no mesmo sítio haver
um tanque com sua fonte, de que todos os moradores se possam servir, se
ajustarem com o primeiro suplicante deste faz a referida obra à sua custa, e
achando mais água, sendo rompída a dita fraga, que vai por baixo da terra do
suplicante ser por este somente, pele sua despesa etc".
Dado o consentimento da
Câmara, fez-se a obra e fixou-se o topónimo, que ainda perdura.
Fontanário em 1º plano, em 1909
Ficava este fontanário à entrada do que, é hoje, a Rua do Dr. Magalhães Basto e muito próximo do
local onde se pode apreciar a estátua de “O Porto”.
Na foto, para além
do fontanário, é possível observar o marco do correio (na rampa), o candeeiro e
o Hotel Brasil de José Castanheira Garcia.
Este hotel
substituiu, nessas mesmas instalações, a “Antiga Casa Cascata”.
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